Por que o termo “Engenharia”?
Segundo o Wikipédia, “engenharia” consiste na ciência, disciplina, arte e profissão de adquirir conhecimentos matemáticos, científicos e técnicos para produção de utilidades, tais como materiais, estruturas, aparelhos, máquinas, sistemas e processos.
Nesse caso, a engenharia de requisitos se destaca como a arte que utiliza métodos científicos e técnicos para o levantamento de informações do software a ser desenvolvido (utilidade).
O que é Engenharia de Requisitos?
A engenharia de requisitos é uma disciplina da engenharia de software que consiste no uso de técnicas sistemáticas para obtenção, documentação e manutenção de um conjunto de requisitos de software que atendam aos objetivos do negócio e que sejam de qualidade.
Aos requisitos documentados damos o nome de “especificação de requisitos”.
Tipos principais de requisitos
- Requisitos funcionais: descrevem o que o software deve possuir ou atingir. Podem ser representados por modelos de caso de uso, jornada do usuário, diagramas etc.
- Requisitos não funcionais: definem as propriedades do software e como ele deve ser feito. Exemplo: tempo de execução de determinada funcionalidade, limites de espaços etc.
A importância da Análise de Requisitos
Na análise de requisitos realiza-se o levantamento de funcionalidades e capacidades que o software precisa ter. Desse modo, esse documento é enviado aos clientes para verificação e estes podem propor mudanças antes que o sistema seja implementado erroneamente.
Isso reduz as chances de entregar um projeto que não satisfaça as necessidades dos clientes.
Uma boa especificação de requisitos cumpre duas funções:
- Ajuda os clientes a descreverem com exatidão o que desejam obter do projeto.
- Faz com que os desenvolvedores saibam exatamente o que os clientes querem.
Principais formas para levantamento de requisitos
Há diversas formas de efetuar a elicitação de requisitos de um software, tais como entrevistas com os clientes, observação e análise de documentos do negócio.
- Entrevista: consiste em uma reunião com uma das partes interessadas, que é escolhida de acordo com o módulo a ser desenvolvido, com um conjunto de perguntas a serem seguidas e que duram cerca de 40 minutos. O entrevistador (chamado facilitador) conduz a entrevista fazendo as perguntas ao entrevistado. Ao final abre-se espaço para informações adicionais que podem ser úteis à elicitação de requisitos.
- Observação: o analista de requisitos realiza uma observação de uma pessoa realizando o trabalho que será “informatizado” ou automatizado, como preenchimento de fichas, documentos, etc. Ele poderá adotar a postura ativa ou passiva, interferindo ou não no trabalho, respectivamente.
- Análise de documentos do negócio: o analista estuda a documentação existente (nas dependências da empresa ou internet, por exemplo) sobre o negócio para o levantamento de requisitos. É uma técnica fundamental para ganhar conhecimento sobre a empresa e que pode ser usado em conjunto com outros métodos de elicitação de requisitos.
Conclusão
A etapa de análise de requisitos é indispensável para o desenvolvimento de software, pois alinha desenvolvedor e cliente para que trabalhem juntos num sistema que atenda as necessidades do negócio.
Também, no ponto de vista do programador, ajuda a reduzir redundâncias sobre determinadas regras da empresa promovendo assim um aumento de produtividade. Desse modo, o projeto pode ser entregue em menos tempo e com menos erros.
Por outro lado, do ponto de vista do cliente, permite que as partes interessadas se expressem claramente sobre o que o sistema deve ter ou não, evitando assim frustrações com o projeto.
Bibliografia:
VAZQUEZ, E. C.; SIMÕES, S.G. Engenharia de requisitos: software orientado ao negócio. Rio de Janeiro: Editora Brasport, 2016.
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